Curada na imagem própria para conquistar

Essa quinta-feira (14/08/08) nossa geração ficou responsável pela Rede de Mulheres, e foi uma grande bênção para todas nós. Compartilho com vocês o texto da ministração que foi dada, posso dizer que ministrei e fui ministrada, Glória a Deus! Abração para todas, Noiva Cátia.

Curada na imagem própria para conquistar (Curada para conquistar)

O que é imagem própria?

· Nossa imagem própria se baseia em todo um sistema de idéias e sentimentos acerca de nós mesmos que vamos recolhendo e reunindo.
· A imagem própria de cada indivíduo é um conjunto de sensações e conceitos que ele formou a respeito de si mesmo.
“ Porque, como imagina em sua alma, assim ele é” (Pv 23.7a)
· O modo como olhamos para nós mesmos e aquilo que sentimos a nosso respeito, bem no fundo do nosso coração, irá determinar o que somos e o modo como seremos. O que vemos e sentimos irá definir o curso de nosso relacionamento com as outras pessoas e com Deus.

Existem quatro fatores que influem na formação de nossa imagem própria, quatro elementos que atuam sobre o indivíduo para a criação dessa imagem (Nossa imagem própria vem nos vem de 4 fontes):

1. O mundo exterior :
É constituído de todos os elementos que entram em nossa formação – nossa herança e nascimento, nossa infância, meninice e adolescência. O mundo exterior compreende toda a nossa experiência de vida até o presente momento.
O psicólogo George Herbert usa a expressão “o eu do espelho” para descrever o relacionamento das pessoas com o mundo exterior. Um bebezinho tem pouca noção de seu eu. Mas, à medida que vai crescendo, vai aos poucos aprendendo a fazer distinção entre os diversos aspectos da vida, e a obter uma imagem de si mesmo. De onde ele retira essa impressões? Do reflexo das reações das pessoas que mais influência exercem sobre sua vida.
As imagens e sentimentos que temos a respeito de nós mesmos procedem, em grande parte, das imagens e sentimentos que vemos refletidos em nossos familiares – o que vemos no semblante deles, o que ouvimos no tom de sua voz e vemos em suas ações. Esses reflexos nos dizem não somente o que somos, mas também o que vamos nos tornar. E à medida que esses reflexos vão pouco a pouco, penetrando em nós, vamos tomando a configuração da pessoa que vemos naquele espelho familiar.
De acordo com a curvatura do vidro – se vemos uma imagem distorcida de nós mesmos? Não iria demorar muito e estaríamos criando uma imagem igual à que estávamos vendo nos espelhos da família. Depois de algum tempo, começaríamos a falar e agir, e a nos relacionarmos com os outros de acordo com a imagem, que estávamos vendo continuamente naqueles espelhos.
Vemos imagens e impressões acerca de nós mesmos refletidas no espelho dos membros de nossa família. Estabelecemos nossa noção de identidade própria a partir dos primeiros relacionamentos – pela forma como somos tratados, amados e cuidados, e pela comunicação que recebemos em nosso relacionamento com os outros, quando estamos em fase de formação e crescimento.
2. O mundo interior:
Os elementos físico, emocional e espiritual que trazemos conosco ao nascer. Dele fazem parte nossos sentidos, sistema nervoso, nossa capacidade de aprender.
Não existem duas crianças iguais. É errado consultar livros para criar filhos pensando que eles sejam todos iguais. Tem filho teimoso, e filho que é sensível. Essas diferenças existem devido à nossa identidade individual e à nossa constituição psicofísica.
Existe também o fator espiritual – nascemos com uma inclinação para o mal, para o erro.
Não somo meras vítimas a Bíblia deixa claro que todos somos pecadores e responsáveis pela nossa identidade e pelo que acabamos nos tornando.

3. Satanás e todas as potestades do mal:
Perguntar: “Qual a mais mortífera arma de Satanás?”
A resposta para essa pergunta está no capítulo intitulado: “A mais mortífera arma de Satanás” do livro Cura para os traumas emocionais, de David Seamands. Em seu livro David diz que a imagem que a Bíblia nos dá de Satanás é bem diferente da popular, que é até cômica. Na verdade, a Bíblia o descreve, lá em 1 Pedro 5.8, como um leão que ruge, andando ao nosso redor, procurando alguém para devorar. Portanto, Satanás é um adversário inteligente, ardiloso e muito perigoso. E como ele pertence ao mundo espiritual, conhece as nossas fraquezas. Ele conhece as nossas enfermidades, e as utiliza contra nós. Devido a sua sutileza, artimanha e falsidade, ele sabe explorar nossas fraquezas no sentido de enfraquecer-nos, desanimar-nos, fazer-nos fracassar e desistir da vida cristã.
Algumas das armas mais fortes do arsenal de Satanás são de natureza psicológica: o medo; a dúvida; a raiva; a hostilidade (agressividade); preocupação e o senso de culpa. O constante sentimento de culpa é muito difícil de ser removido; ele parece permanecer em nós mesmo depois que nos convertemos e suplicamos o perdão de Deus e aceitamos sua graça.
Muitos cristãos parecem ter um sentimento de autocondenação suspenso sobre a cabeça, como uma densa névoa de poluição. Assim estão sendo derrotados pela mais poderosa arma psicológica que Satanás usa contra os cristãos. Essa arma tem a eficácia de um míssil mortal. O nome dela? Auto-imagem negativa.
A maior arma psicológica de Satanás é um sentimento de inferioridade, incapacidade e falta de auto-estima, que se acha enraizado no mais profundo de nosso ser.


Existem quatro maneiras pelas quais Satanás aplica essa arma:

1. Uma imagem própria fraca paralisa nosso potencial:
Jesus contou uma parábola sobre os talentos (Mt 25.14-30). O homem que tinha apenas um talento ficou paralisado por seus temores e sentimentos de incapacidade. Tinha tanto medo de fracassar, que não quis fazer investimentos com seu talento, mas enterrou-o no chão para ficar mais seguro. Sua vida era uma série de bens congelados, paralisados pelo temor de ser rejeitado por seu senhor, pelo temor de fracassar, temor de ser comparado com os outros dois que estavam efetuando investimentos, temor de correr riscos. Ele fez o mesmo que fazem muitas pessoas que não têm uma boa imagem própria – nada. E é exatamente isso que Satanás quer que façamos – que fiquemos tão tolhidos (Entrevados, paralíticos) que acabemos imobilizados, congelados, paralisados, acomodando-nos a um tipo de vida e trabalho que se acha muito aquém (abaixo) de nossas reais possibilidades.

2. Uma imagem própria negativa destrói nossos sonhos:
“Não podemos viver com sonhos, não podemos viver de sonhos, mas vivemos pelos nossos sonhos” (David Seamands, pg.62)
O Espírito Santo nos inspira a ter sonhos audaciosos, a ter visões do que Deus quer realizar para nós e em nós, e , mais que tudo, através de nós. “ Não havendo profecia o povo se corrompe” (Pv. 29.18)
A melhor ilustração deste fato no Velho Testamento acha-se em Números 13 e 14.

3. A imagem própria negativa destrói nosso relacionamento com os outros:
Relacionamento com Deus: Se ficarmos sempre e considerar-nos sem valor ou inferiores, o raciocínio natural é acharmos que Deus não pode nos amar e cuidar de nós;
Relacionamento com os outros: Satanás usa nosso doloroso sentimento de inferioridade e incapacidade para isolar-nos dos outros.

4. A imagem própria negativa prejudica enormemente nosso serviço cristão:
Qual é o maior empecilho no caminho dos membros do corpo de Cristo, que os impede de atuar como parte desse corpo? Qual é a primeira coisa que as pessoas dizem, quando lhes pedimos para fazer qualquer coisa no corpo de Cristo?
§ Lecionar na escola de lidere? Resposta: tenho vergonha de falar à frente de muita gente.
§ Dar testemunho na rede de mulheres? Resposta: Ah, eu não saberia falar nada.
§ Evangelizar de casa em casa? Resposta: Tenho medo de fazer isso.
§ Cantar no coro? Porque você não pede a Maria? Ela tem uma voz bem melhor que a minha.
Deus chama pessoas com imperfeições e fraquezas, dá-lhes um trabalho para fazer, e depois lhe concede graça pra realizá-lo. O “time” de Deus não é constituído de muitos sábios, nem de muitos poderosos, nem nobres, nem “super-homens”, nem “mulheres-maravilhas” (1 Co 1.26-31)

Portanto, Satanás é um dos influenciadores de uma auto-imagem negativa. Ele utiliza nossos sentimentos de autodesprezo como uma terrível arma contra nós, nos três papéis que desempenha. Ele é mentiroso (Jô 8.44), acusador (Ap 12.10), e é aquele que cega nosso entendimento (2 Co 4.4). Para atuar nessas três funções, ele emprega as armas da inferioridade, incapacidade e autodepreciação para derrotar e impedir que ele redescubra todo seu imenso potencial como filho de Deus.

4. Deus e a sua Palavra:
Agora deixamos a questão da imagem própria negativa e passamos a considerar o poder de Deus na formação de uma imagem própria em bases cristãs. Deixamos a doença e passamos à cura, pois existem medidas práticas que podemos tomar, a fim de curar essa deformidade que é a imagem própria negativa, são elas:
a) Corrigir nossas idéias teológicas erradas;
b) Nosso senso de valor próprio deve vir de Deus;
c) Cooperar com o Espírito Santo.